1ª Edição

Projeto de investigação no tratamento da restrição de crescimento fetal foi o grande vencedor da 1ª edição do Prémio MSD de Investigação em Saúde

Projeto de investigação no tratamento da restrição de crescimento fetal foi o grande vencedor da 1ª edição do Prémio MSD de Investigação em Saúde

Considerando que a restrição de crescimento fetal (FGR) afeta 5 a 10% das gestações, a equipa médica-científica da Maternidade Dr. Alfredo da Costa (MAC), do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central, submeteu a concurso um projeto de investigação que pretendente avaliar se a administração de heparina de baixo peso molecular tem impacto no tratamento da FGR e, desta forma, contribuir para diminuir o risco de morte fetal, reduzir o número de nascimentos de bebés muito prematuros e, consequentemente, diminuir as complicações com impacto na saúde futura do bebé.
A restrição do crescimento fetal é um problema que afeta milhares de mulheres em todo o mundo e, atualmente, não tem tratamento. Esta patologia, que se reflete na falta de oxigénio e nutrientes para o feto, verifica-se quando o potencial de crescimento geneticamente predeterminado não é atingido pelo feto e é diagnosticado quando detetado um peso fetal estimado inferir ao percentil 10 para a idade gestacional. A FGR é a segunda principal causa de morte perinatal, estando associada a 30% dos casos, e é responsável por até 40% dos nascimentos prematuros induzidos.

A equipa médico-científica da MAC liderada por Catarina Palma dos Reis (médica interna em Ginecologia/Obstetrícia) destacou-se, assim, nesta 1ª edição

do Prémio MSD de Investigação em Saúde ao apresentar um protocolo que poderá descobrir o primeiro tratamento para a restrição do crescimento fetal, em Portugal e no mundo, melhorando a circulação na placenta ao impedir a formação de coágulos.

Nesta 1º edição do Prémio MSD de Investigação em Saúde foram ainda entregues Menções Honrosas aos outros dois projetos finalistas:

• Angiogénese terapêutica no tratamento de feridas crónicas utilizando uma estratégia inovadora: células mesenquimais humanas e células progenitoras endoteliais co-imobilizadas em microgéis e baixas doses de radiação ionizante, do Centro Cardiovascular da Universidade de Lisboa;

• e Função autonómica como preditor de deterioração cognitiva após a cirurgia de estimulação cerebral profunda do núcleo subtalâmico na doença de Parkinson, do Centro Hospitalar Universitário São João EPE.

Esta edição pioneira do Prémio MSD de Investigação em Saúde contou com 100 candidaturas validadas, provenientes de todo o país e envolveu mais de 300 profissionais de saúde, de 58 instituições científicas ou de saúde.
Os vencedores foram conhecidos na Conferência Leading Inovation Changing Lives, que decorreu no Centro Cultural de Belém, no passado dia 21 de setembro de 2019.